quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Baños de Ambato

 

Ok faz dois séculos que fomos a Baños e há pelo menos um não atualizamos com nenhum post... Nunca é tarde para novidades e curiosidades sobre o Equador.

Saindo do terminal terrestre de Guayaquil a passagem custa US$7,00, pegamos o ônibus na sexta às 23h e chegamos lá às 06h30min do sábado. O nosso amigo Saul tinha nos indicado um hostel que era só chegar e apontar pra direita e TCHARAN! Mas não havia nada lá! (gracias Saul). Um rapaz perguntou se queríamos um hostel, fizemos a louca “no hablo español” e nem respondemos, porque né vc mal sai do ônibus meio zonza e já vem gente falando contigo. Aí ele perguntou de novo e resolvemos dar uma chance, o Javier é proprietário do Hostal San Sebastian (www.amarillasinternet.com/hostalsansebastian) é bem localizado, tem água quente, TV a cabo, banheiro privado e pagamos US$15,00 pras duas.

A cidade é pequena, linda, cercada por montanhas, organizada, com muito artesanato andino e cheia de atrações de esportes radicais como: Bungee jump, rafting, trilhas, cachoeiras e o vulcão Tumgurahua.

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No próprio hostal soubemos de um passeio para as principais cascatas da região pela bagatela de US$5,00. A chiva passa na frente do hostal às 10h e te deixa de volta na cidade às 13h30min aproximadamente. À noite esta mesma chiva te leva para o mirante do Tumburahua com um custo de US$3,00 com direito a Canelazo (bebida típica andina para espantar o frio), além de explicar a história da cidade e do vulcão.

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Entre uma chiva e outra, paramos pra comer, ver o jogo do Brasil na Copa América, dar um rolé na cidade e comprar algumas coisinhas típicas... Entre elas, uma garrafa de Zhumir (cachaça sabor maçã verde) para mais a noite, já que estávamos no lema “got no money in my pocket” e só gustava quatro dólares.

A subida ao vulcão não poderia ser mais DI-VER-TI-DA, o pessoal super animado (como o pessoal do velório à tarde). IUPI! No mirante tivemos a linda visão da neblina, galera, tava muito deslumbrante, tipo tapando toda a cidade e o Tumgurahua :D Intercalando goles de Zhumir e canelazo (água suja com gosto de canela e metanol), a imaginação bombou e conseguimos formar alguma idéia do que estava sendo explicado. Neste mesmo local tem apresentações circenses, mas é lotado e nós nem conseguimos ver ou ouvir nada!

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No final eles te levam pra uma disco e você entra de graça, rola de pegar um carimbo e entrar e sair... é news que a gente fez isso e fez mais, entramos em outra balada e pegamos o nosso segundo carimbo. O bom é que uma era de frente pra outra, assim se tocasse uma música chata, tudo bem, atravessa a rua e tá tudo sussa! Numa dessas saídas, conhecemos 3 brasileiros (meio que por azar deles), foi assim, o cara disse que eu era o Roberto Carlos (futebol) por causa da minha coxa, aí eu virei e disse: Roberto Carlos o que, meu filho?! Acho que ele aprendeu a nunca mais zoar os outros, ao menos não em voz alta. Ele veio me pedir desculpas e tals... ok, não me importei muito porque ele era bem gatinho e não vira brigar com brasileiros em outro país. Demos dicas sobre cruzar a fronteira com o Peru e eles se foram. Retornamos a balada e encontramos dois casais mega gente fina que conhecemos na chiva 7, nisso anunciaram que iria ter uma competição de dança em cima do bar e ganhava uma JARRA DE CUBA LIBRE!! Eu me joguei na onda, sambei, fiz passinhos com umas americanas e dancei um reggaeton no estilo freak rave! Haha Aí as gurias foram desistindo e eu fui ficando... pensei, pronto a jarra é nossa e nem vamos gastar dim dim :D Então o cara chegou e falou que eu tinha que tirar a blusa. OI?! Não, eu não tiro nada! Desci e quem ganhou foi uma guria de Quito, daí a gente tretou com ela e começou a xingá-la de vadia haha o melhor foi nossos amigos equatorianos xingando junto e nem sabendo o que significava. Dançamos horrores e bebemos mais ainda! Teve uma hora que eu subi no posto do DJ roubei o microfone e falei VIVA BRASIIIIL e pedi uma música, eles tocaram um axé (brochante, mas tava valendo).

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A balada acabou cedo e seguimos a festa com uns tragos comprados clandestinamente, estávamos na praça e a polícia falou que não poderíamos beber naquele horário na rua (Obrigracias presidente Correa, um premio joinha pra ti (Y)). Conversamos mais um pouco e fomos dormir... dormir????? Não, não deu! Porque antes, quando estávamos na frente do hostal eu chamei uns caras de mal educados, porque eles realmente eram! Aí eles super resolveram ficar tentando abrir a porta do nosso quarto e mexendo na janela, momento TENSO! Isso durou uns 15 min.

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A chuchaqui bateu na porta, disse: Oi, cheguei, daqui não saio, daqui ninguém me tira! E incorporou-se na Isabela. Na rodoviária uma velha caduca senhora disse que o ônibus era direto e reto a Guayaquil... 10 minutos de viagem e a gente descobre que não, ele não vai a Guayaquil. Hein, a senhora nos disse que...?! Em Ambato o motorista parou, apontou e disse ali vocês conseguem o carro pro seu destino. (Gracias, senhora! Muito gentil da sua parte mentir pra estrangeiros e ganhar 3 dólares as nossas custas, sempre quis conhecer Ambato J) Após 30 min. de espera no sol equatoriano passou o busu... Neste exato momento a Isa resolveu dar uma batizada nas ruas ambateñas com direito a testemunhas amontoadas na janela. O mais engraçado é que o motorista esperou tranquilamente até a última gota da bile e ofereceu um remédio. FIM.

Beijos, Mari